Medite!!!!

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NÃO MATE OS QUE VOCÊ AMA!. A pior coisa que pode acontecer a uma amizade ou relacionamento... — é quando os amigos ou parceiros julgam que se conhecem mutuamente por completo; e, também, quando pensando assim, os anos se passam, e eles, por julgarem conhecer o outro, o congelam em um estado de imutabilidade...; e, desse modo, sem que se saiba o que outro quer..., já se o interpreta; ou quando não sabendo que algo nele mudou..., se o fixa por antecipação; ou quando amando o outro, se assume que nosso amor por ele é apesar dele, pois, não damos mais a ele o poder de nos surpreender..., apenas porque o tenhamos frisado numa bolha de amor fraterno ou relacional que já não o permita mudar aos nossos olhos. É assim que as amizades vão morrendo e os casamentos vão ficando a mesma coisa... Sim, pois a história impõe vícios interpretativos!... A coisa boa de uma amizade é justamente a expectativa de mutabilidade para o bem... Por isto, verdadeiros amigos sempre se encontram esperando o melhor como surpresa fraterna. O mesmo se pode dizer do casamento... Quando os cônjuges perdem a esperança e alegria na possibilidade de que o outro cresça e mude, então, inicia-se o processo de falência do amor... Digo..., não do amor mesmo, que tudo sofre e segue adiante... — mas falo do amor conjugal, que se alimenta também da alegria pela existência do outro; e, mais que isto: sempre espera que o bem não cesse na vida dele... Na realidade, se há um ambiente no qual mais do que em qualquer outro não se deve julgar para que não se seja julgado, esse tal ambiente é o da amizade e o do casamento. Entretanto, é justamente em tais/mesmos/ambientes que menos se leva á serio tal recomendação de Jesus. Sim, pois é aí, pela suposta segurança e indissolubilidade do vínculo, que mais se julga, se interpreta e se projeta sobre o outro aquilo que não necessariamente nele esteja presente ou sequer em processo de existência... “Segurança relacional”, seja pelo casamento ou pela amizade, não devem funcionar justamente para a realização do oposto: a ofensa, o julgamento, o sincericidismo, ou a impaciência que diz: “Já sei que tipo de coelho sai dessa mata...” Todavia, é porque as pessoas se sentem “seguras”, que ofendem, julgam ou pré-definem o outro; e, depois, não sabem por que ambos vão ficando cada vez mais distantes... Todas as coisas sadias se alimentam de pequenas gentilezas... Todas as coisas sadias, por mais intimas que sejam, guardam sempre um lugar para a parcimônia e o cuidado da não ofensa... Todas as coisas sadias em um relacionamento se alimentam de cuidado e carinho... Todas as coisas sadias em um vínculo..., demandam e dependem do evitar das gritarias e das histerias que ofendem sem capacidade para retirar a ofensa... O que se precisa crer sempre é que o outro, seja o amigo ou o cônjuge, são seres com quem Deus também fala; por isto, muitas vezes, é melhor que a nossa naturalidade no trato persista na direção do outro, sempre crendo que não é a nossa voz a única que fala, posto que Deus também fale; especialmente quando abrimos mão da gritaria e entregamos a questão ao amor e à verdade de Deus. O momento relacional mais difícil é aquele no qual um dos implicados ou mesmo ambos, julgam que já se tornaram tão amigos ou íntimos, que o relacionamento já se cimentou de um modo tão concreto que já não mais se quebre... Aí reside grande engano... Pois, o amor não acaba, mas pode entrar em um processo de tanto sofrimento, que, em razão disso, perca a felicidade no se dar... Cada um de nós deve pensar nisto; e, mais que isto: deve ver com quem se perdeu a delicadeza de manter a amizade ou a conjugalidade como coisa nova todos dias; dando sempre ao outro a chance de amanhecer melhor para nós, e nós para ele; assim como são as misericórdias de Deus todos os dias, renovando-se a cada manhã. Nele, que assim manda que seja, até 70x7, Pr.Caio Fábio

Para refletir!!!!

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O OLHAR HUMANO ESTÁ ACABANDO COM O MUNDO — um caso de mal olhar coletivo! Quando Jesus disse que os olhos são as lâmpadas do corpo, Ele estava também dizendo que o bom olhar muda a realidade de contingência físico-temporal, para a dimensão da sensorialidade serena, embora os fatos do conjunto do real possam ser ruins aos nossos “sentidos coletivos”. O olhar muda em nós o significado do objeto que se observa, fazendo dele ou nossa vítima ou nosso irmão. Ao se olhar para uma pedra se pode ver apenas um conjunto de massa; ou uma obra de arte natural, para uns; ou obra divina na natureza, para outros. A pedra, no entanto, muda conforme o olhar, ainda que não se altere ante a grotesca observação do globo ocular. Todas as coisas existem no coração de quem as vê, e conforme as vê. Do lado de fora existem fenômenos altamente mutantes ante a perspectiva dos olhares. Mesmo a realidade mais esmagadora, ainda assim é vista de modo distinto dependendo do olhar. Uma pessoa lê no Apocalipse que as estrelas cairão do céu, que coisas chocantes como montanhas estelares se chocarão com a Terra, e que toda sorte de male sobrevirão, e, dependendo de seu olhar, ele verá o fim da civilização humana, ou, poderá ver novo céu e nova terra nos quais habita a justiça. O olhar é a visão do espírito. E, ao mesmo tempo, é a projeção do espírito humano sobre as coisas. Ora, o espírito atua sobre todas as coisas, das partículas subatômicas às galáxias e buracos negros. É o conjunto do olhar humano ou dos olhares das criaturas capazes de interpretar, aquilo que constitui a realidade como fenômeno comum do ponto de vista físico-grotesco. É o olhar do homem projetado sobre o mundo, a Terra, o Universo, e sobre Deus, aquilo que cria a realidade prevalente na experiência comum da humanidade. A natureza geme mesmo, e sente muito mais o que está acontecendo ao conjunto da realidade do que os homens sequer conseguem discernir em si mesmos. Como disse o profeta Oséias, as ações de ódio, de engano e traição, de roubos e raptos, de arrombamentos e de tirania, de hipocrisia e de manipulação, faziam a natureza sofrer com a dessintonia humana, a ponto de serem atingidas as criaturas que voam, as que vivem no chão, e as que povoam as águas [Oséias 4:1-9]. O mundo reflete exatamente a soma do olhar humano. Você pode ver o mundo com um olhar de luz em razão do amor; o mundo, porém, será moldado pela soma dos olhares prevalentes. Apesar disso, o seu mundo pode ser outro dentro de você. E se a maioria tivesse um mundo interior governado pelo olhar do amor como você, então, a realidade toda se faria moldar conforme a prevalência dos olhares do amor. O mundo é feito de olhares, os quais são também pensamentos. Pensamentos fazem a ponte entre o olhar e a construção do olhar como algo transmissível como impressão da realidade. O olhar é olhar mesmo no cego. Esse olhar é espírito. Esse olhar é inevitável. Esse olhar é o ser e sua manifestação como interprete da vida e legislador de pensamentos que se tornarão em atitudes que se expressarão como atos e ações. Por isso Jesus disse que quando aquilo que deveria ser a luz do homem [o seu olhar em amor e gratidão] torna-se treva e lixo, o ser do homem se torna um movimento de treva e de poluição sobre a Terra. Não existe mudança da realidade sem mudança do olhar humano. Por isso não adianta converter um homem de uma religião para outra e de um deus para outro, se seu olhar essencial não for alterado pelo olhar de amor e fé. Coisas que um dia foram ruins, porém, em razão de certo olhar-sentir foram experimentadas como boas, podem [em sendo mudado o olhar do observador acerca de tais experiências anteriores] reaparecer ante seus olhos como realidade inaceitável, mesmo que de fato, agora, as coisas ou pessoas, já não sejam as mesmas, pois tenham ficado melhores do que antes, quando eram apreciadas como “boas”. E assim será porque um olhar fixado desde um tempo ruim e de frustração, já não consegue ver que nós não mudamos nosso olhar, mas o “objeto” de nosso olhar imutável mudou; e, assim, está sendo visto como de fato já não é. Mas para aquele que pensa ver, a coisa ou pessoa é conforme o seu olhar. É por isso que tenho que dizer que o olhar humano está matando a vida. Pois, o olhar do homem é mais de morte do que de vida. O medo da morte não o deixa ver a vida senão como um tempo de saque em razão da imutabilidade do fato da morte. O olhar que é luz, é capaz de enxergar sem deixar de crer quando vê o fruto do arrependimento ou apenas em razão de que o olhar da vida sempre vê vida em tudo, portanto, vivificando até mesmo a experiência do morrer. O olhar que é luz no ser, vence as antipatias, e passa ver o antagonismo ignorante com muita misericórdia, e a oposição inimiga, desarmada pela desimportância que dermos às suas loucas propostas de guerra e morte. Quando Jesus disse aos discípulos que ao entrarem numa casa devem abençoar com paz o lugar a fim de verem quem é “filho da paz” no lugar, Ele estava falando a mesma coisa. Ou seja: que os filhos do olhar de luz sempre se reconhecem. É a soma desses olhares de homens gente boa de Deus aquilo que hoje, pela força do Espírito da Graça, detém o crescimento avassalador do mal na Terra. Porém, como a iniqüidade se multiplica nos olhares, o amor de esfria no olhar de outros muitos, e que antes viam a vida com o olhar da vida, que é amor. Pense: aos seus olhos como é a vida? O que você vê? Como você vê? Afinal, não adiante reclamar do mau no mundo se seus olhos não forem bons. Nele, que é Aquele por cujo olhar de amor a vida ainda é possível, Pr. Caio Fábio

Reflexão!!!!

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A DIFÍCIL TAREFA DE RECOMEÇAR! Como é difícil começar. A maioria das pessoas sofre de medo de iniciar e de pânico de reiniciar. Iniciar depois que um dia se começou alguma coisa, porém, se caiu, é, todavia, bem mais difícil. Sim! Porque no fazer “de-novo” depois da queda, tem-se que aprender a ciência do fazer sem a energia do começar, que, em geral, vem da ambição de provar o próprio valor, e, depois, prossegue pela simbiose entre sucesso e vaidade. Aquele que um dia fez e caiu no que fazia, tem que se erguer de escombros de depressão, de tristeza e de realidade em estilhaços, e isso sem os ânimos do engano. Eu sei o que estou falando. Já tive que me por de pé muitos e muitos dias apenas crendo que é em pé é que eu deveria estar. E dizia para mim mesmo: “Filho do Homem! Põe-te em pé e falarei contigo!”; ou ainda: “Que fazes aqui Elias?”; ou mesmo: “Das profundezas clamo a Ti Senhor!” E para recomeçar? Ah! Meu Deus! Pesa mais recomeçar depois que já se teve muito ou quase tudo, do que quando nunca se fez ou teve nada. Sim! Pois se sabe que se foi por muitos labores que se chegou aonde se chegou [e de onde se caiu] — será por muitos e muitos mais trabalhos interiores e exteriores que se sairá de onde se caiu a fim de começar outra vez. Na juventude se começa na ilusão e no sonho. Mas quando um dia a vida veio e se foi como trabalho e manifestação social da pessoa, e ela, todavia, tem que recomeçar, então, terá que fazê-lo sem as forças das esperanças não provadas pelo fogo da existência, e, assim, terá que realizar sem poder contar com o poderoso motor das ignorâncias filhas da ilusão. Para recomeçar no sentido da vida só mesmo pela fé! Talvez seja por essa razão que Abraão já não fosse jovem quando foi chamado; e já era um velho amortecido quando gerou seu filho Isaque. Talvez seja pela mesma razão que Moisés já fosse idoso ao ser chamado para conduzir o povo. Sim! Pois ambos já eram homens sem ilusões, e, por isto, eram homens apenas da fé, e não do entusiasmo dos tolos e ambiciosos, por mais puros que fossem em seu entusiasmo iludido. Abraão e Moisés não voltaram para suas casas empolgados e dizendo: “Oba! Surgiu-me uma grande oportunidade de mudar o mundo!” Não! Foram decisões difíceis e graves. Implicavam em abandonar todos os passados. Determinava uma decisão de rompimento com todas as coisas. Era como nascer de novo já velho, e sem as ignorâncias que animam a existência juvenil. Enquanto a gente começa apenas na empolgação, a gente fica sem saber o significado de andar apesar de tudo, e de esperar contra a esperança. Entretanto, seja qual for o começo ou o recomeço — ambos e ou todos eles só começam ou recomeçam com um passo simples. Na juventude o salto é como o de uma lebre ao alcance de uma cenoura de chance na vida. Mas quando um dia se afundou no pântano das cenouras, o que de lá emerge é um mutante radical, pois, sai um jabuti, com casco pesado, com carapaça densa, com pele encascada; e lento; muito lento; muito no esforço... Mas sai!... No entanto, quando tal pessoa-jabuti decide erguer-se, por mais difícil que seja, o faz movido por amor à vida, e não mais em razão das ilusões da vida. Entretanto, terá que levantar-se muitos e muitos dias apenas em nome da fé e de seu amor pela vida, pois, muitas vezes, só terá esses elementos a pavimentar seu chão. Houve um tempo em que eu ficava triste porque tinha que dormir. Hoje eu folgo a possibilidade de descansar. Entretanto, cada ação minha é muito mais apenas e tão somente o fruto de minha essência em fé e amor a Deus e à vida, pois, os motivadores da juventude todos eles se acabaram. Hoje eu sei que a glória da segunda casa é maior do que a da primeira, pois, a primeira casa é feita pelas mãos movidas pela glória, enquanto as mãos que erguem a segunda casa são apenas movidas pelo amor simples. Assim, quando faço muitas coisas apenas por consciência e não por empolgação, muitas vezes o faço entre suspiros pesados de cansaço, mas com grande alegria de verdade no coração, pois, a segunda casa não é gloriosa como a primeira, mas é simples, sincera e sem entusiasmos infantis. Até Noé, depois do Dilúvio, antes de recomeçar, plantou uma vinha, pois, depois do Dilúvio a alma quer um descanso de alegria leve. Mas a vinha não lhe fez bem. Excedeu-se. E teve que viver com as conseqüências. Depois do dilúvio eu fiquei parado entre plantar uma vinha e continuar direto da arca para a construção de algo que fosse a continuidade da vida. Fiquei quieto!... Decidi plantar um trigal, não um vinhedo. E levantei todas as manhãs e fui dormir quando o dia amanhecia, crendo que aquele que vai andando e chorando enquanto semeia, voltará com jubilo trazendo os seus feixes. E é assim que levanto todas as manhãs. É assim que me levantarei todas as manhãs, se Ele assim me ajudar. Pois, quero andar sereno enquanto planto; certo de que se chora no caminho, mas, muito mais certo ainda de que os feixes de vida já estão prontos para que eu os leve em meus ombros como carga de alegria da vida. Pr. Caio Fábio